Por Pr. Josafá Vasconcelos
Estive lendo alguns blogs, de colegas, bem como manifestações de entidades religiosas de cunho evangélico, que apóiam a decisão do STF, sobre a união estável dos homossexuais, como sendo um direito legítimo de uma classe minoritária. Alegam que discordam do homossexualismo, mas que, os que escolheram essa opção devem usufruir da liberdade de existir como qualquer outro seguimento da sociedade. Confesso que até eu, a princípio, ponderei que fosse razoável pensar assim; contudo examinando as Escrituras, lendo esses pronunciamentos, acompanhando os debates e orando, vi que esse modo de pensar está totalmente errado e completamente contrário ao bom senso e ao que ensina a Palavra de Deus, pelas seguintes razões:
1. Por causa da Glória de Deus
O pecado avilta a glória de um Deus santo. Deus é santo, e nada irá diminuir a Sua santidade. Nossos pecados não diminuem nem um milímetro da Sua glória, mas o propósito do diabo é o descontentamento de Deus por ver criaturas suas, tão preciosas, criadas à Sua Imagem, profanando Seu Nome diante da Sua face. Como podemos aceitar isso? Não podemos proibir homens e mulheres de serem homossexuais, prostitutas, viciados, alcoólatras, etc. e de afrontarem a Deus com sua práticas, mas podemos lutar para que não tenham as facilidades da lei para fazê-lo. Temos que lutar para impedir que a podridão avance; não é isso que o sal faz? Eles precisam saber que é porque amamos a Deus, acima de tudo, que não podemos concordar que continuem a blasfemar do Seu santo nome, do contrário, não poderíamos orar de sã consciência a oração do Pai Nosso, “Santificado seja o Teu Nome”. Cristo amou os pecadores, mas jamais negociou seu objetivo maior que era glorificar o Pai. A decisão do STF, avilta, insulta, afronta e depõe contra a glória de Deus.
2. Porque ninguém tem o direito de pecar
Não existe tal direito. O pecado é uma ofensa ao Deus o Criador, é um insulto aos céus. O homem foi criado para a glória de Deus e para obedecer seus mandamentos, não havia outra opção no Éden e nem há agora, a única é obedecer, fora disso, morte! Não há tolerância da parte de Deus para os que rejeitam seus mandamentos. Os sofrimentos de Cristo, o cálice da Ira que Ele teve de beber, a agonia e o pavor da morte que sentiu no Getsêmani, mostram como Deus trata o pecado. Portanto, Ele não dá aos homens o direito de pecar, ao contrário, por causa do pecado, constitui-se inimigo do pecador, e não lhes dará sossego, serão atormentados o tempo todo pela, “norma da lei escrita em seus corações testemunhando-lhes a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-os…” , pelo Espírito Santo, que contende com o espírito do homem (Gn 6:3), pelos flagelos, que são conseqüência do próprio pecado, e até pelo Diabo, que acaba sendo um instrumento nas mãos de Deus, “peneirando-os” para ver se alguns deles, através do sofrimento, encontram arrependimento e sejam salvos no dia do juízo (1 Co 5:5); tudo Deus faz para atormentá-los, sem lhes dar trégua, a fim de saberem que ninguém têm o direito de viver na face da terra em rebeldia contra Ele. Essa aflição contínua, ainda é uma oportunidade misericordiosa da parte de Deus, na expectativa que se voltem para Ele, pois já há muito deveriam ser destruídos, como diz as Escrituras: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos…” (Lm 3:22). Por essa razão, não podemos apoiar nada que possa favorecê-los em seus pecados. Aprendemos muito com o Senhor Jesus sobre como devemos nos compadecer de pecadores, mas não encontramos nada na Bíblia que nos ensine a apoiar a institucionalização da prática do pecado. Ele disse a mulher pecadora, eu te perdôo, mas imediatamente disse. “VAI E NÃO PEQUES MAIS”.
3. Porque os amamos
Se os amamos, aí é que devemos cooperar para o seu desconforto. A melhor forma de demonstrar nosso amor, é odiar e condenar aquilo que os subjuga e os destrói. Eu percebo que esses irmãos dos blogs, estão preocupados em não serem injustos com essas minorias, “descriminadas e desfavorecidas”, mas, seria o caso de favorecer para que pequem mais confortavelmente, com direitos garantidos? E seria essa a forma, de exercer piedade para com eles? Certamente que não. Ao contrario, os “amigos” que apóiam essa união infame, estão sendo cruéis e desalmados. Se você sabe que existe um inferno e crê que ele é um lugar de “trevas e ranger de dentes, onde seu bicho não morre e o fogo nunca se apaga…”, se você sabe que as escolhas que esses queridos fizeram os leva a passos largos para a perdição eterna num “lago que arde com fogo e enxofre” e, mesmo assim, deixa de advertí-los, e pior, apóia e favorece o que lhes aumentará o juízo: Sinto muito, mas você não os ama! Não seria melhor ser honesto e dizer a eles: “Eu amo vocês, estou pronto a ajudar e apoiar qualquer coisa que possa livrá-los dessa situação, mas de sã consciência, pelo que creio ser verdade absoluta, não posso cooperar com o seu pecado. O conforto desta união estável, e a solução que isso possa trazer para resolver todos os problemas temporais, lhes resultará em mais juízo e maior tormento na eternidade, dessa forma, sinto, eu os amo: não posso apoiar”?
4. Porque o Estado é Ministro de Deus
Estão dizendo: “mas o Estado tem que regular o mal que já existe, não tem jeito”. Até citam textos, para justificar, como o de Salomão aceitando a condição das prostitutas ao julgar o caso do bebê de uma delas (formando doutrina de um fato descritivo) e o de José que teria sustentado os Sacerdotes de Osíris, (como se não fosse o segundo no reino, porque se fosse o primeiro os teria imediatamente expulsado) ou Daniel, que governou admitindo todos os problemas de um reino pagão, contudo, seja qual for a interpretação, não poderá contradizer o que está claro sobre qual é a vontade de Deus para o Estado.
Os Ministros do Supremo Tribunal, a Presidente e todas as autoridades constituídas em poder, deveriam saber, e se não sabem, temos profeticamente de ensiná-los, que eles são Ministros de Deus, por Ele instituídos para o bem da sociedade. Para promover o bem e reprimir o mal (Rm 13:1-7). É dever dos magistrados, exercer em nome de Deus toda autoridade contra tudo que ameaça a sociedade e não favorecer. Serão responsabilizados pela aprovação de leis como: Divórcio por qualquer motivo, legalização do aborto em caso de estupro, da maconha, etc.
Ora, a história é testemunha, de que grandes civilizações foram aniquiladas e desapareceram do mapa por causa da degradação moral, tendo o homossexualismo como o componente mais importante e fator predominante para a destruição daquelas sociedades. São tão inteligentes, tão cultos, e não aprenderam isso? Nós, no entanto, sabemos pela história e pelo relato bíblico o fim que tiveram Sodoma e Gomorra. Dessa forma, somos indesculpáveis e estaremos pecando se concordarmos com o Estado quando aprova, contra Deus, o direito de pecar, porque toda vez que isso acontece o Estado se torna em nome de Deus, ministro do pecado, e nós seus cúmplices.
Conclusão
Como Igreja, não podemos agir de modo contrário à vontade de Cristo o cabeça do corpo, cujo propósito maior, que lhe consumia a alma era fazer a vontade do Pai, “Ele, porém, lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis”; “… disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”, “glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer”. Por isso não podemos negociar, por nada desse mundo, a Glória de Deus! É isso que deveria nos consumir também, afinal esse é o fim principal do homem, segundo o nosso Símbolo de Fé. Qualquer coisa que venha a ameaçar essa glória, mesmo que possa ferir ou magoar alguém muito querido, não pode extinguir o zelo em nosso coração pela glória de Deus.
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Sobre a decisão jurídica do STF clique aqui e veja o que diz o Dr. Zenóbio Fonseca
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